Axl completa 50 anos nesta segunda-feira (6) e é, ainda hoje,
provavelmente o último grande roqueiro americano. Claro que ele está em
franca decadência, bem longe do sex symbol que foi no fim dos anos 80 e
início dos 90, mas a história do vocalista não pode ser negada. No
comando do Guns N'Roses clássico, Rose dominou o cenário musical com
discos históricos como o Appetite for Destruction e os dois Use Your Illusion.
Não se falava em outra coisa e o cantor ia colecionando desafetos,
milhões de dólares, hits, brigas e até rápidas passagens pela polícia.
Com tudo isso, Axl era o ídolo pop perfeito: bonito, jovem, rico,
polêmico e talentoso. Tudo o que as gravadoras adoravam quando ainda
tinham poder de fogo. Rose conseguia influenciar milhões de jovens que
se vestiam como ele, queriam cantar igual e que montaram bandas
inspiradas no Guns. Era, enfim, tudo o que os pais americanos
detestavam. Afinal, era tatuado, usava drogas, vestia saias e brigava em
shows. Um comportamento que não caberia no rock atual de jeito nenhum.
Axl Rose é dono de um estilo próprio, um cara que não dá muita bola para
o que está na moda e que segue fazendo as coisas do seu jeito. Não é
enturmado com moderninhos e nem fica puxando o saco da indústria, tanto
que levou mais de uma década para lançar o Chinese Democracy,
mais recente álbum do Guns. Se ele está certo ou não, é um outro
assunto. Mas não há mais muita gente como Axl hoje no rock. O que só
torna o gênero mais chato e entediante.
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